sábado, 27 de julho de 2013

Oportunidade rara : não marchar sozinho

 


Rogério Greco, Procurador de Justiça/MG,  Mestre e Doutor em Direito 
William Douglas, Juiz Federal/RJ, Mestre em Direito

           O meio acadêmico tem acompanhado, com muita expectativa, o resultado das reclamações relativas à questão prática da prova de Direito Penal, do X Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, realizada no dia 16 de junho de 2013, elaborada pela Fundação Getúlio Vargas.
          O enunciado da questão prática, bem como a resposta constante do gabarito oficial comentado pela própria OAB, foram objeto de inúmeras críticas, levadas a efeito pelos autores mais renomados na área, a exemplo de Cezar Roberto Bitencourt,  Francisco Muñoz Conde, Alice Bianchini, dentre outros.
Para não sermos repetitivos, apontando os mesmos e graves erros já devidamente indicados por esses autores (e apresentados na carta também postada no blog), nos limitaremos a aderir a tais críticas, assim como reforçar a necessidade de revisão desta prova. Vale lembrar que já foram anuladas, no dia 20 de junho de 2013, duas questões discursivas da prova prático-profissional na área de Direito Civil, medida que louvamos.
Por que razão a Ordem dos Advogados do Brasil permitiria haver numa mesma prova, só por ser de disciplinas distintas, dois pesos e duas medidas? Não seria compreensível esse comportamento. Será que pelo fato de já terem anulado as questões acima apontadas, o concurso perderia seu crédito, sua legitimidade, anulando outras questões? É claro que não. Ao contrário, a capacidade de corrigir eventuais erros aumenta a credibilidade ao invés de reduzi-la.
Todos nós queremos acertar. Temos experiência como examinadores em concursos (Rogério, MP/MG; William, Delegado de Polícia/MP). Sabemos o quanto é ruim anular uma questão. A sensação não é das melhores. Procuramos acertar, mas às vezes são os comentários de todos após a prova que nos permitem perceber os nossos erros. Somos humanos, erramos. Nestas horas, cabe ter a humildade de evitar um mal maior, e injustiças, e também uma chuva de ações judiciais, e simplesmente anular a questão.  
Não podemos deixar que a nossa vaidade supere a razão, nem a OAB pode permitir que isso ocorra da parte de quem elabora o Exame Unificado. Temos que entender que as pessoas que fizeram a prova estudaram, se dedicaram, gastaram tempo, recursos, enfim, pessoas que estão ali em busca de um objetivo que, com toda certeza, não pode ser deixado de lado em virtude do ego ou desconforto.  Os candidatos têm o direito de não ter sua vida profissional prejudicada por uma reprovação injusta.
No caso da prova de Direito Penal, a grande maioria da doutrina, percebeu e alertou sobre os erros cometidos. Uma ou outra posição isolada – comum no Direito – não pode servir de pretexto para se ignorar críticas quase que unânimes. O ideal é outro: não desperdiçar nem ignorar esse controle posterior de qualidade e acerto, feito pelos doutrinadores e professores, um controle que contribui para a justiça nas provas. Afinal, sem justiça não há democracia. A OAB, que acertadamente informa que sem advogado não há justiça, deve dar o primeiro exemplo.
Será que esses doutrinadores, muitos deles citados nas decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores, estão equivocados? Eles é que seriam os vaidosos, querendo, a todo custo, anular uma questão que está correta? Obviamente que as respostas só podem ser negativas.
A Ordem dos Advogados do Brasil é grande o suficiente para assumir o seu erro. A Fundação Getúlio Vargas é composta por profissionais capacitados, mas que também erram. Se houvesse possibilidade de dupla interpretação, a questão seria passível de anulação, se a banca examinadora insistisse em seu ponto de vista, que dirá quando, com toda vênia, estamos diante de erros fundamentais.
Assim, para que essa polêmica acabe, de uma vez por todas, e a Ordem dos Advogados do Brasil, que sempre lutou pelo ideal de Justiça, saia vitoriosa também nesse embate, deverá anular as questões devidas, atribuindo pontuação a todos os candidatos que se submeteram ao aludido exame.
Essa correção é duplamente importante: primeiro, por sua justiça. Segundo, porque estamos diante de um Exame importante para toda a sociedade e em relação ao qual eventuais injustiças podem lançar riscos a sua manutenção. O Exame deve existir, mas sua aplicação deve ser saudável. Questões mal formuladas e não anuladas e excesso de rigor nas questões bem formuladas são erros a serem evitados sob pena de se desmoralizar um exame que sempre defendemos não só para os bacharéis em Direito, mas para todos os cursos superiores.
Então, estamos diante de uma oportunidade rara: agir com acerto e humildade engrandecerá a OAB, a FGV e o Exame em si. E tão grande quanto o benefício possível a todos (inclusive aos candidatos lesados), será o dano a todos por se caminhar em sentido contrário, escolha que pode parecer mais fácil agora, mas inequivocamente será o caminho mais longo e deletério para todos. A própria demora em resolver com a rapidez necessária um problema de fácil solução já é ruim, mas dos males o menor: que a solução venha agora.
Esse momento nos lembra uma velha história de uma mãe, encantada com seu filho na parada de 7 de setembro, vira-se para uma amiga que estava ao seu lado e, cheia de orgulho, diz:

“- Meu filho é o único que está marchando certo!”.
          Moral da história, enquanto todo o pelotão marchava, coordenadamente, o filho daquela ilustre senhora era o único que fugia ao padrão da tropa. Para ela, era o único certo. Estamos diante de uma rara oportunidade de a OAB e a FGV não cometerem o erro dessa mãe.











fonte: Blog do Wiliam Douglas

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mesmo com bloqueio, Justiça obriga Telexfree a pagar R$ 101 mil a divulgador

 


 

A Telexfree foi condenada em 1ª instância a pagar R$ 101.574 investidos pelo divulgador Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT)


O dinheiro deverá ser transferido para uma conta da Justiça de Mato Grosso, onde vai ficar até o processo terminar.

A decisão abre um importante precedente, pois há milhares de pessoas com verbas bloqueadas nas contas da empresa, que foram congeladas pela Justiça do Acre há pouco mais de um mês. Com a decisão, Dib tem mais chances de conseguir receber o dinheiro de volta e mais rápido. 

"O Direito não socorre quem dorme", diz Dib, que é advogado, ao iG . 

Suspeita de pirâmide


A Telexfree informa ser fornecedora de pacotes de telefonia via internet (VoIP) vendidos por meio do sistema de marketing multinível. A rede de associados – chamados de divulgadores – tem entre 450 mil e 600 mil pessoas, que pagam taxas de adesão para entrar no negócio. 

O Ministério Público do Acre (MP-AC) entende que a Telexfree é uma pirâmide financeira. Em 18 de junho, o órgão conseguiu uma liminar , concedida pela 2ª Vara Cível de Rio Branco, que bloqueou as contas da empresa e de seus sócios administradores, bem como os pagamentos aos divulgadores.

O objetivo do pedido de liminar, informa o MP-AC, é garantir que o dinheiro não seja desviado e possa ser devolvido aos divulgadores por meio de uma outra ação movida pelo órgão, que ainda não foi julgada. Mas nem todo mundo deve conseguir receber tudo a que tem direito .

"Quem entrar [ com ação ] posteriormente não vai consegui receber. O Direito não socorre quem dorme, então decidi entrar para garantir pelo menos o meu investimento", afirma Dib, que também tenta conseguir o ressarcimento por danos morais. 

Na decisão, a juíza Milene Aparecida Pereira Beltramini Pullig, da 3ª Vara Cível de Rondonópolis, determina que a 2ª Vara Cível de Rio Branco desbloqueie os R$ 101.574 mil devidos a Dib, e que esse dinheiro seja depositado na conta judiciária do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, permanecendo lá até que haja uma decisão final no processo do advogado.

A defesa da Telexfree informou não ter sido notificada oficialmente da decisão.

'Investi de manhã, à tarde foi bloqueado'


Dib afirma ter entrado para a Telexfree no mesmo dia em que as contas da empresa foram bloqueadas, em junho. Chegou a pedir a restituição do dinheiro, como preveem as regras da Telexfree, mas não deu tempo. 

"Investi esse valor total de manhã e à tarde ele foi bloqueado."

Naquela época, a Telexfree estava sob suspeita. Além do inquérito do MP-AC, o Ministério da Justiça havia anunciado uma investigação sobre as atividades da empresa . A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, já havia emitido um alerta sobre o negócio, descrevendo-o como insustentável .

Para Dib, nada havia sido provado contra a empresa até então. E, com os diversos exemplos de pessoas enriquecendo rapidamente, achou por bem arriscar. Hoje, diz  o advogado, não faria de novo, embora continue a acreditar que a Telexfree não é uma pirâmide.

"Até agora não conseguiram comprovar quem está sendo lesado. Eu entendo que não [ é uma pirâmide ]. Estou pedindo a resituição porque eu tinha um prazo de restituição [ que não foi respeitado].


fonte: Nação juridica

TJ-AC deixa de julgar recurso da Telexfree por falta de pagamento de R$ 40

 

TJ-AC deixa de julgar recurso da Telexfree por falta de pagamento de R$ 40
O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) deixou de julgar nesta quarta-feira (24) um novo recurso apresentado pelos advogados da Telexfree, proibida de operar por acusação de pirâmide financeira. Os desembargadores, por unanimidade, não julgaram o agravo regimental por ausência de preparo, devido a falta de pagamento da taxa de R$ 40 por parte dos advogados da empresa no momento da entrega do documento ao judiciário. O relator do caso, desembargador Adair Longuini, anunciou que não julgaria o agravo e seu voto foi seguido pelos demais magistrados do pleno. Os investidores questionaram nas redes sociais o motivo do não pagamento da taxa. Um dos advogados da empresa no Acre, Roberto Duarte, disse que ninguém irá se pronunciar sobre o assunto






fonte: Bahia noticias

terça-feira, 23 de julho de 2013

Decreto de Cabral exige dados telefônicos e de internet dos suspeitos de vandalismo

 

Um decreto assinado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para investigar atos de vandalismo quer exigir que as empresas de telefonia e internet entreguem informações de usuários.
Diz trecho do decreto publicado ontem no Diário Oficial do Estado: "As empresas operadoras de Telefonia e Provedores de internet terão prazo máximo de 24 horas para atendimento dos pedidos de informações da CEIV".
CEIV é a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas, criada por Cabral após a onda de protestos nas ruas do Rio. O governador tem sido o principal alvo dos manifestantes, que, nos últimos dias, organizaram protestos em frente à sua casa e na sede do governo, no Rio. Ontem, no primeiro dia de visita do papa Francisco à cidade, houve confronto de manifestantes com a polícia.
A comissão criada pelo governador é formada por representantes do Ministério Público estadual, da Secretaria de Segurança e das polícias civil e militar.
Na avaliação de especialistas da área jurídica, o trecho que trata dos dados telefônicos e de internet é inconstitucional. "Em estados democráticos de direito, a privacidade é uma garantia fundamental inalienável da sociedade. No Brasil, é a própria Constituição que assegura o sigilo das comunicações, que só pode ser vulnerado pelo juiz competente no bojo de processo criminal", disse Bruno Dantas, conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). "Por isso, considero o parágrafo único do artigo 3° do Decreto do Governo do RJ escandalosamente inconstitucional", afirmou.
Para o advogado Técio Lins e Silva, que tem escritório no Rio, o decreto é um "abuso de poder". "É um delírio, abuso de autoridade. Eu recebi achando que era uma piada de internet. Isso é um escândalo. Quem edita um decreto desse está brincando com o Estado democrático", disse.
O decreto diz ainda que todas as solicitações feitas pela comissão aos órgãos públicos e privados do Rio "terão prioridade absoluta em relação a quaisquer outras atividades da sua competência ou atribuição".
O texto afirma ainda que a comissão poderá "tomar todas as providências necessárias à realização da investigação da prática de atos de vandalismo, podendo requisitar informações, realizar diligências e praticar quaisquer atos necessários à instrução de procedimentos criminais com a finalidade de punição de atos ilícitos praticados no âmbito de manifestações públicas".
Segundo o decreto, o secretário chefe da Casa Civil vai acompanhar os trabalhos da comissão, "podendo solicitar informações necessárias para a tomada de decisões por parte do governador do Estado".







fonte: Estadão

segunda-feira, 22 de julho de 2013

População de Serra Preta continua cobrança para uma ação definitiva do sinal de telefonia móvel


Segundo informações se dependesse de torres, o sinal seria o melhor da Bahia, porém o sistema operacional não funciona deixando a população sem comunicação

serra preta e vista da torre da claro
O Município de Serra Preta na Bacia do Jacuípe, população de 15.401 habitantes,distante 170 km da capital do Estado e 60 km de Feira de Santana e 45 de Ipirá. Vias de acesso BA 052(Estrada do Feijão) e BA 120 (Riachão do Jacuípe – Sto. Estevão).Principais distritos Bravo e Ponto, tem sido ignorado pelas autoridades e empresas de telefonia móvel, pois os moradores continuam sem comunicação via celular, segundo informações do morador Alexsandro Matos, que bastante indignado entrou em contato com o Calila Noticias.
torre claro ao lado da BA 052, proximo ao BravoSegundo o jovem, foi instalada em 2005 uma torre próximo ao distrito do Bravo da operadora vivo que serve como repetidora, em 2009 foi instalada uma segunda torre na sede do município da operadora Claro a mesma só distribui o sinal no raio de 3 km devido a geografia da cidade beneficiando menos de um mil habitantes que mora na sede. Em seguida foi erguido uma terceira torre da operadora Claro no povoado do Descanso na divisão com Riachão do Jacuípe, abrangendo só os moradores daquela localidade. Em 2010 uma quarta torre foi instalada as margens da Estrada do Feijão pela operadora Claro, próximo ao distrito do Bravo (foto), e a quinta torre na Serra do Taquari, ambas estão funcionando como repetidora.
manifestação em agosto de 2011Ainda segundo Alexsandro, no dia 1º de agosto de 2011, moradores de Bravo fecharam a Estrada do Feijão para reivindicar o sinal de celular,uma comissão de moradores foi recebida pelo governador Jaques Wagner e o secretário Otto Alencar no município de Pintadas na inauguração da estrada, foram garantidos aos moradores que em dentro de noventa dias o problema seria solucionado. A SEINFRA adquiriu equipamentos para captação de sinal para Bravo e Ponto de Serra Preta, a empresa responsável não teve êxito na instalação dos equipamentos em Bravo, segundo o técnico da empresa não chega sinal suficiente para ser distribuído com precisão.
igreja do bravoO Bravo, principal distrito do município abriga mais de 8 mil habitantes onde o ideal que fosse instalada uma torre com tecnologia da empresa ou até mesmo que as torres existentes nas suas proximidades abrisse o sinal para os moradores, mas isso não ocorreu.











fonte: calila noticias

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Decreto de Cabral favoreceu cliente de sua mulher em Angra

 

Escritório defende Luciano Huck, que teve obra embargada no município




Alvo de ação civil pública movida pelo município de Angra dos Reis em outubro de 2007 por supostos danos ambientais e construções irregulares em sua casa de veraneio, o apresentador de TV Luciano Huck é representado pelo escritório de direito do qual é sócia a primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral. Seu marido, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), editou, em junho do ano passado, o Decreto 41.921, que alterava a legislação da Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, na Baía de Ilha Grande. A medida, cuja constitucionalidade é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República, beneficiaria proprietários de residências consideradas irregulares na região ? caso de Huck e sua casa na Ilha das Palmeiras.
Ambientalistas contrários às mudanças determinadas por Cabral se referem ao decreto como "Lei Luciano Huck". Na Ação 2007.003.020046-8, que tramita na 2ª Vara Cível de Angra, o apresentador é representado por dois integrantes do escritório Coelho, Ancelmo e Dourado Advogados. O município obteve liminar, em maio de 2008, que obrigou Huck a paralisar as obras em sua casa, que incluíam a construção de bangalôs, decks, garagem de barcos e muro para criação de praia artificial, "o que pode ocasionar danos ambientais irreversíveis, assim como agravar os já existentes" ? conforme despacho do juiz Ivan Pereira Mirancos Junior.
Desde domingo, o Estado vem mostrando a atuação da primeira-dama e de seu escritório de advocacia em ações judiciais, como a defesa do Metrô Rio e do grupo Facility, um dos maiores fornecedores do governo Cabral.
Procurado, o governo do Estado indicou Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para comentar o caso. Cabral e Adriana estão em Londres, na Inglaterra, e não foram localizados. Em nota, o Inea informou que a licença ambiental para a casa de Luciano Huck foi concedida em junho de 2004 e o Estado "desconhece a existência de ação do município de Angra contra o apresentador e os motivos que fizeram com que o município movesse a ação citada". Segundo o Inea, Huck nunca fez pedido ao Estado com base no decreto.
O polêmico Decreto 41.921 teria sido originalmente elaborado na Secretaria da Casa Civil, e não por órgãos ambientais do Estado do Rio ? segundo servidores que atuam no setor. Segundo o Inea, a informação não é verdadeira. "O decreto foi elaborado pela Secretaria do Ambiente e encaminhado à Casa Civil unicamente para a assinatura do governador e publicação."
Segundo o coordenador-geral da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), o decreto não beneficia apenas o apresentador. "Em termos gerais, o decreto beneficiaria não só o Luciano Huck, mas grandes empreendimentos que não são regularizáveis pela legislação atual", afirmou.
Segundo o procurador-geral de Angra, André Gomes Pereira, todo processo de regularização que menciona o decreto é suspenso. "A gente tem uma resposta padrão informando que não haveria decisão enquanto não houvesse decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade em tramitação no STF", explicou Pereira.
Por sua assessoria, Luciano Huck informou que o escritório da primeira-dama "atua há vários anos como correspondente de Lilla, Huck, Otranto, Camargo Advogados", seus advogados em São Paulo, desde antes da gestão Cabral. "Não tínhamos conhecimento, até o momento, de que a primeira-dama do Rio de Janeiro era sócia desse escritório", informou a assessoria. O advogado Sérgio Coelho não quis comentar o caso e informou apenas que representa Huck e seus sócios desde 2002. 




fonte: Estadão

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Justiça suspende atividades da BBom e bloqueia novos cadastros


Decisão é da 4ª Vara Federal de Goiás por suspeita de pirâmide'.
Justiça tá tinha decretado bloqueio de bens da empresa e de sócios



A Justiça Federal de Goás determinou a suspensão das atividades da empresa de rastreadores de veículos BBom e o bloqueio do cadastro de novos associados.
A decisão é da juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, que no dia 10 de julho já havia determinado a indisponibilidade dos bens da empresa e de seus sócios por "robustos indícios" de pirâmide financeira, prática ilegal no país.
Segundo o despacho da juíza, "há evidências" de que o negócio trata-se de "pirâmide financeira". "Essa atividade desenvolvida pela empres,a aparentemente ilícita, merece ser suspensa, não devendo a liminar, contudo, atingir outras eventuais atividades desenvolvidas pela empresa", escreveu a magistrada.
Em nota, a BBom informou que "está tomando as providências judiciais cabíveis para retirar todo e qualquer impedimento às suas atividades" e diz estar "à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados". A BBom sempre negou irregularidades ou a prática de pirâmide e se identifica como "empresa especializada em canal de vendas direta e marketing multinível".
A Justiça fixou o prazo de 48 horas para o cumprimento da decisão, sob pena de aplicação de multa de R$ 100 mil por dia de atraso.A decisão liminar (provisória, ainda cabendo recurso), determina a "imediata suspensão" das atividades desenvolvidas pela empresa Embrasystem, conhecida conhecida pelos nomes fantasia BBom e Unepxmil, e proíbe o cadastro de novos associados bem como a captação de recursos financeiros junto aos associados que já integram a rede, "incluindo a percepção das mensalidades cobradas"
A juíza federal determinou ainda que a empresa publique em suas páginas na internet o seguinte comunicado: "Por ordem da Justiça Federal, a BBOM está impedida de receber a adesão de novos associados, seja através de seus sites, seja através dos sites de seus associados, bem como de receber as mensalidades cobradas dos associados já admitidos no sistema".
A suspensão da inclusão de novas associados à BBom, a exemplo do que também ocorreu com a Telexfree, foi um pedido da força-tarefa formada pelos Ministérios Públicos Federal e Estaduais para investigar a suspeita de pirâmide financeira.
"Esta decisão interrompe as atividades da empresa, proíbe novos cadastramentos e reforça a constatação de que se trata de uma pirâmide", disse ao G1, o promotor de Goiás Murilo de Moraes e Miranda, um dos autores da ação, lembrando que um inquérito criminal ainda está em andamento.
O promotor, que também é presidente da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON), informa que estão sendo investigadas no país, além da BBom e da Telexfree, outras 16 empresas por suspeita de pirâmide.
Segundo a procuradora da República Mariane Guimarães, os bloqueios servirão para ajudar as pessoas que entraram na rede a reaver o máximo possível do dinheiro investido. “O nosso objetivo é evitar novas vítimas. O consumidor precisa ficar atento, principalmente com a proliferação desses esquemas com a ajuda da Internet e das redes socais, bem como dessas promessas de ganho de muito dinheiro sem ter que vender um produto ou serviço real", afirmou, em comunicado.
Bloqueio de bens inclui R$ 300 milhões e Ferraris
Na decisão anterior, que determinou o bloqueio dos bens da BBom, a juíza entendeu existir "robustos indícios" de que o modelo de negócios "se trata, na verdade, de uma pirâmide financeira, prática proibida no Brasil e que se configura crime contra a economia popular.
Segundo comunicado divulgado na página da Justiça Federal de Goiás, o bloqueio dos bens da empresa "busca evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, de modo a possibilitar futuro ressarcimento aos consumidores lesados".
O bloqueio inclui R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo, além de cerca de 100 veículos, incluindo motos e carros de luxo como Ferrari e Lamborghinis, segundo os Ministérios Públicos Federal e Estaduais.
No esquema adotado pela BBom, conforme identificado pela juíza, o pagamento dos participantes depende exclusivamente do recrutamento por ele feito de novos associados. "A 'sustentabilidade' do negócio não advém da renda gerada pela venda do produto supostamente objeto da franquia, que se trata um rastreador".
Pelo modelo oferecido pela empresa, os interessados se associam mediante o pagamento de uma taxa de cadastro, no valor de R$ 60, mais uma taxa de adesão, que varia de R$ 600 a R$ 3 mil, de acordo com o plano escolhido. Depois disso, a pessoa se compromete a atrair novos associados e a pagar uma taxa mensal no valor de R$ 80, pelo prazo de 36 meses, segundo mostra a investigação do MP. Quanto mais participantes o associado consegue trazer para a rede, maior é a premiação prometida.
Segundo a força-tarefa formada por promotores e procuradores, até o fim do ano passado, antes do início das operações da “BBom", as empresas do grupo não movimentavam mais do que R$ 300 mil por ano. De acordo com o MP, em pouco mais de seis meses, o fluxo financeiro do grupo aumentou mais de 3.000%.
No entendimento do Ministério Público, como em outros casos emblemáticos de pirâmide financeira, o rastreador oferecido pela BBom seria apenas uma “isca” para recrutar novos associados, como foram os animais nos casos da “Avestruz Master” e do “Fazendas Reunidas Boi Gordo”.
A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil, configurando crime contra a economia popular (Lei 1.521/51).



fonte: G1

terça-feira, 16 de julho de 2013

Banalização! Papai Noel é lembrado em decisão que critica "indústria do dano moral"

Consumidor que comprou um veículo zero e, um ano depois, descobriu risco na porta traseira teve negado pedido de indenização por danos morais. Decisão é da 4ª câmara Civil do TJ/SC. De acordo com os autos, o consumidor sustentou que, no ato da compra, estava convicto de que adquiria um automóvel em perfeitas condições, "mas recebeu um veículo avariado, o que fez com que se sentisse frustrado, enganado e decepcionado".
O juízo da 2ª vara Cível da comarca de Mafra considerou improcedente o pedido. O cliente da loja recorreu, sustentando que a concessionária "ardilosamente, escondeu do autor que seu veículo havia sido riscado ao desembarcar da 'cegonha' e por isso a porta traseira direita tinha sido repintada".
Em sua decisão, o desembargador substituto Jorge Luis Costa Beber, do TJ/SC, transcreveu uma ficção "que aborda de forma muito clara a verdadeira massificação das ações envolvendo os chamados danos morais". No trecho citado, pertencente à obra "Papai Noel e o Dano Moral", de Carlos Alberto de Oliveira Cruz, após o Natal, o Papai Noel se vê bombardeado de processos de pais de crianças que não viram atendidas as expectativas dos filhos na noite natalina.
De acordo com o segmento, "o direito de todo cidadão acessar o Poder Judiciário se vê atualmente manchado por um incontável número de ações absurdas e ridículas, em que os autores postulam as mais exóticas providências do julgador. Tais demandas mais servem ao anedotário jurídico do que à efetiva satisfação de interesses da sociedade".
O magistrado, fazendo coro com o trecho, afirma que os pedidos de reparação por danos morais estão sendo deflagrados num espectro tão amplo quanto a imaginação humana."Busca-se ressarcimento para tudo, inclusive para casos flagrantemente descabidos, motivados por bizarrias de toda a ordem, verdadeiras extravagâncias jurídicas, indigitando ao instituto o inocultável estigma de indústria", declarou.
Segundo Costa Beber, não há que se falar em dano moral pelo fato do risco na lataria do carro, imperceptível a olho nu, ter sido descoberto quase um ano depois da compra. Ele pontou que "ademais, o fato de o veículo ter sido riscado quando do desembarque do caminhão que efetuava o seu transporte não faz com que perca a qualidade de "novo"."




fonte: Migalha

domingo, 14 de julho de 2013

STARTUP PAGA ATÉ R$ 960 POR MÊS PARA DIVULGAR ANÚNCIOS NO FACEBOOK

 

PROMOTERFACE CONTRATA DONOS DE PERFIS POPULARES NA REDE SOCIAL PARA COMPARTILHAR OFERTAS DE EMPRESAS


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Daniel Lima, de 31 anos, fundador do Promoterface (Foto: Acervo pessoal/Divulgação)
Faz tempo que Mark Zuckerberg e sua equipe estão quebrando a cabeça para descobrir uma maneira eficiente de monetizar o Facebook. Talvez a maior dificuldades seja conseguir usar a rede social para veicular publicidade, já que grande parte dos usuários se diz incomodada com a possibilidade de ver sua página repleta de anúncios e bullets. Uma startup de São Paulo, porém, diz ter encontrado uma solução para o problema. A PromoterFace remunera donos de perfis badalados para divulgar propagandas de empresas em sua linha do tempo. O salário pode chegar até R$ 960 por mês.
Para um usuário se candidatar ao trabalho, ele precisa ter mais de 18 anos e, no mínimo, mil amigos na rede social. Os perfis cadastrados são divididos em categorias segundo, justamente, a quantidade de contatos que tem. Os que têm mais de mil são chamados Promotores Mirim e os que possuem mais de cinco mil, o máximo que o Facebook permite, Promotores Estrela.
A tarefa não muda de um nível para o outro, mas a remuneração, sim. Por semana, os promotores precisam fazer cinco compartilhamentos de anúncios de cada empresa que representam. Eles podem ter até quatro anunciantes. Assim, o salário pode ir de R$ 80 (no caso de um Promotor Mirim que faz compartilhamentos para apenas uma empresa) até R$ 960 (um Promoto Estrela que divulga a campanha de quatro companhias).
Como funciona o Promoterface: perfis populares no Facebook divulgam as ofertas de empresas em sua linha do tempo (Foto: Divulgação)
"A pessoa pode ter uma renda extra no final do mês sem ter nenhum custo para isso", diz Daniel Lima, cientista da computação e fundador do PromoterFace. A ideia da startup, inclusive, veio a partir da demanda de outro negócio de Lima, o VIP Já, um site de compras coletivas que atua na cidade de Guarulhos, em São Paulo. "Divulgávamos as nossas ofertas no Facebook e percebemos que poderíamos contratar pessoas da região para compartilhar nossos posts".
No começo, a criação funcionou exclusivamente para o VIP Já. "Mas logo vimos que existia uma oportunidade de negócio". Até agora, tudo indica que essa oportunidade existe mesmo. Fundada em 15 de março deste ano, a PromoterFace já tem uma lista de 200 empresas anunciantes e de quase dois mil promotores ativos. Além disso, a startup deixou de atuar regionalmente e se expandiu para todo o Brasil. "Estamos em 26 estados e 310 cidades. E temos planos de crescermos internacionalmente", diz Lima.
Mark Zuckerberg apresenta o Facebook Home (Foto: Getty Images)
E qual seria a vantagem do PromoterFace em comparação, por exemplo, com os links patrocinados do Facebook? Segundo Lima, a principal é o preço. O custo do link patrocinado é muito alto. Sabemos disso porque investimos uma fortuna nesse tipo de divulgação para o VIP Já", diz. Além disso, explica, as pessoas costumam clicar mais em anúncios feitos por conhecidos. "É como se fosse uma recomendação. Não é só uma propaganda".
Para colocar a empreteitada de pé, parte da estrutura do VIP Já, que já tem dois anos de vida, foi usada. São, hoje, cinco pessoas, contando com o fundador. É um time pequeno, mas com sonho de gente grande: "a nossa intenção é pegar um pedaço da carteira de anunciantes que a rede social tem e gerar renda com isso". E assim, quem sabe, fazer o que Mark Zuckerberg ainda não consegue fazer com o Facebook - ganhar dinheiro.





fonte: época negocio

quinta-feira, 11 de julho de 2013

BBom: faturamento passou de R$ 300 mil para R$ 100 milhões em três meses

 

Empresa é acusada de praticar pirâmide financeira, considerada crime no Brasil. Caso é parecido com o da Telexfree


Empresa de rastreamento BBOM
Empresa de venda de aparelhos de rastreamento BBom tem bens bloqueados pela Justiça (Divulgação)
A Embrasystem, conhecida pelos nomes fantasia 'BBom', 'Unepxmil' e 'BBrasil Organizações e Métodos', e todos os seus sócios-proprietários tiveram seus bens congelados nesta quinta-feira, em investigação de prática de crime financeiro. A juíza substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, acatou pedido enviado pelo procurador Hélio Telho, do Ministério Público Federal de Goiás.
Foram congelados cerca de 300 milhões de reais e a transferência de quase cem carros, dos quais duas Ferraris, um Rolls Royce e quatro Lamborghinis. Um dos fatos que mais chamou a atenção na investigação é o rápido aumento do faturamento da Embrasystem: subiu de 300 mil reais em 2012, antes da criação da operação BBom, em fevereiro deste ano, para receita líquida de 100 milhões de reais em três meses, segundo o procurador Hélio Telho, responsável pela investigação.
Em nota, a juíza explicou que foram identificados "robustos indícios" de que o modelo de negócios operado pela empresa BBom se trata, na verdade, de uma pirâmide financeira, prática proibida no Brasil e que configura crime contra a economia popular. Assim, para evitar que novas pessoas entrem no negócio e assegurar que haja patrimônio para indenizar os indivíduos lesados, a Justiça decidiu bloquear os bens da empresa e de seus sócios, alegando que a firma corre o risco de falência pela insustentabilidade do negócio.
"A indisponibilidade de bens requerida pelo Ministério Público Federal busca evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, de modo a possibilitar futuro ressarcimento aos consumidores lesados", avaliou a juíza. Ainda não se sabe ao certo, mas estima-se que a rede já possua quase 200 mil participantes.
No esquema denominado “pirâmide financeira”, os participantes são remunerados somente pela indicação de outras pessoas para o sistema, sem levar em consideração a real venda de produtos. "Não há, nesse caso, sustentabilidade do negócio, pois se funda unicamente nos pagamentos realizados pelos associados", disse a juíza no comunicado. Além disso, ela alerta que, em dado momento, o esquema se torna matematicamente impossível, diante da dificuldade em se atrair novos participantes. Com isso, os associados mais novos são lesados.
Esquema - No caso da BBom, os interessados em participar eram obrigados a pagar uma taxa de cadastro de 60 reais e de um valor de adesão que variava dependendo do plano escolhido: o plano bronze era de 600 reais, o prata de 1.800 reais e o ouro de 3.000 reais. O dinheiro, conforme alegava a empresa, que promovia até palestras para promover o esquema no Brasil, seria usado para a compra de rastreadores. Cada associado era obrigado a comprar quatro rastreadores, no mínimo, sendo que um ficava para si mesmo, sob o pagamento de uma mensalidade de 80 reais - e os outros três seriam alugados pela própria BBom a terceiros.
Para atrair o associado, a BBom prometia que aquele que investisse 3.000 reais, por exemplo, teria um rendimento sobre o aparelho alugado a terceiros, além de uma porcentagem se convidasse outras pessoas para se juntar ao grupo. Assim, quanto mais participantes o associado conseguiria trazer para a rede, maior era a premiação prometida. "Quando não tiver mais gente para entrar, o fluxo de dinheiro se interrompe e os mais novos participantes são prejudicados", explica Telho. "Esses aparelhos não eram nem homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)", completa. 
Negócio de fachada - A BBom alegou à Justiça que pratica marketing multinível, ou o chamado marketing de rede. Contudo, nesse tipo de negócio, o faturamento é calculado sobre as vendas dos produtos e não sobre o investimento. Exemplos de marketing multinível são os praticados por empresas de cosméticos como Natura e Avon, o que é considerado um negócio sustentável. "O dinheiro dos novos entrantes era direcionado para pagar o lucro dos que entraram primeiro, daí o nome de pirâmide. Esse tipo de negócio é insustentável no longo prazo", explica o procurador Hélio Telho.
O caso da Bbom é semelhante ao da Telexfree, nome fantasia da Ympactus Comercial Ltda. - ME,  que é suspeita de ter montado também um sistema de pirâmide financeira, com um negócio de venda de pacotes de telefonia via internet (VoIP, na sigla em inglês) como fachada. A empresa também teve seus bens bloqueados pela Justiça do Acre.   




fonte: veja

terça-feira, 9 de julho de 2013

Eu, o coronel em mim

Mando e desmando. Faço e desfaço
Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer.  Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?

No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.

Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.

Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.

Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.

Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”.

Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero.  Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.

O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência.




fontre: infonet

segunda-feira, 8 de julho de 2013

STJ suspende a tramitação dos processos sobre cobrança de tarifas bancárias

 


A Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Isabel Gallotti, relatora do Recurso Especial (REsp) nº 1.251.331, no qual discute-se a legitimidade da cobrança das tarifas administrativas para concessão e cobrança dos créditos objetos de contratos bancários, comumente identificadas pelas siglas TAC e TEC, assim como outras, correlatas, bem como a possibilidade do pagamento parcelado do IOF, acatou pleito para a suspensão dos processos correlatos que tramitam nas instâncias inferiores e no próprio STJ.
O pedido destacava que os feitos, com a mesma matéria, que tramitam perante a primeira instância, os Juizados Especiais e as Turmas Recursais continuam sendo julgados em desacordo com o entendimento pacificado pelo STJ, de que é exemplo o REsp 1.270.174/RS, inclusive com determinação de restituição em dobro e com imposição de danos morais aos bancos.
A Ministra Relatora destacou que é função precípua do Superior Tribunal de Justiça promover a interpretação do direito federal, na hipótese a regência da Lei 4.595/1964 em relação à atividade das instituições financeiras, bem como a legitimidade dos atos normativos expedidos com base nela pelas autoridades monetárias, de tal forma que os demais órgãos da Justiça comum possam nortear suas decisões, com aplicação harmônica e isonômica da legislação aos casos concretos.
Destacou, outrossim, que prevenir decisões conflitantes favorece a economia processual e impede a desnecessária e dispendiosa movimentação presente e futura do aparelho judiciário brasileiro, atitudes que são do interesse de toda a população.
Por fim, decidiu que todas as ações de conhecimento em que haja discussão, em conjunto ou individualmente, sobre a legitimidade da cobrança das tarifas administrativas para a concessão e cobrança do crédito, sob quaisquer denominações, bem como a possibilidade de financiamento do IOF, sejam paralisadas até o final julgamento do Resp pela Segunda Seção, como representativo da controvérsia, pelo rito do recurso repetitivo. Estendeu a suspensão de tramitação das correlatas ações de cognição a todas as instâncias da Justiça comum, estadual e federal, inclusive Juizados Especiais Cíveis e as respectivas Turmas ou Colégios Recursais.
Estima-se que aproximadamente 285 mil ações em todas as instâncias judiciais serão afetadas pela decisão do Ministra Maria Isabel Gallotti, devendo permanecer sobrestadas até o julgamento final do representativo da controvérsia.


fonte: STJ

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Prefeitura do Rio cassa linhas de ônibus por irregularidades em serviços


 


 

Ônibus no Rio de Janeiro (IE / Creative Commons)


Rio de Janeiro - A Prefeitura do Rio cassou na manhã de hoje (5) seis linhas de ônibus que fazem percurso na zona sul da cidade por irregularidades na oferta dos serviços. A cassação foi publicada na manhã de hoje noDiário Oficial, após a empresa que opera as linhas ser notificada, advertida e multada pela Secretaria Municipal de Transporte por colocar em circulação quantidade de veículos abaixo da frota determinada, prejudicando a qualidade.
O secretário Municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que a fiscalização das linhas foi feita por GPS (Global Positioning System). “Todas as linhas de ônibus do Rio de Janeiro têm GPS em todos os ônibus. Já temos capacidade de fazer uma fiscalização a distância. Então, a partir das reclamações recebidas, focamos a fiscalização e comprovamos as irregularidades ao longo do tempo. Aplicamos as punições cabíveis, a empresa não mudou o seu comportamento e a prefeitura aplicou o contrato cassando as linhas.”
Segundo ele, há a possibilidade de outras linhas serem cassadas, principalmente da zona oeste. “Estamos fazendo esse monitoramento em outras regiões do Rio de Janeiro. A região que mais nos preocupa no momento é a zona oeste e nós estamos fazendo esse trabalho, estamos aplicando sanções às empresas. E, obviamente, se não houver melhoria e mudanças, não descartamos a possibilidade de cassar mais linhas.”
Outra empresa assumirá as linhas cassadas da empresa atual. As linhas cassadas foram: 521 e 522 (São Conrado-Botafogo), 546 (São Conrado-Leblon), 591, 592 e 593 (São Conrado-Leme), via Copacabana.





fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Além de Telexfree, BBom e mais 4 são investigadas


Ministério Público apura se empresas são usadas para montar pirâmides financeiras


A BBom, que vende rastreadores para carros por meio de marketing multinível, e a Multiclick, de publicidade online, serão investigadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), em conjunto com outras quatro empresas.

A suspeita é que os negócios sirvam para a montagem de pirâmides financeiras, o que é crime no Brasil. Uma investigação semelhante levou a Justiça do Acre, no mês passado, a suspender os pagamentos da Telexfree , que tem entre 450 mil e 600 mil divulgadores.

As investigações foram decididas na manhã desta terça-feira (2), em reunião na Procuradoria-Geral de Justiça, e o inquérito será instaurado até quinta-feira (4). Além de BBom e Multiclick, serão analisadas as atividades de Telexfree, Nnex, Priples e Cidiz.

A Bbom, que conta com cerca de 300 mil associados, também despertou a atenção dos promotores do Acre, que fazem um "levantamento inicial" sobre a empresa, diz  Danilo Lovisero, coordenador do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Ministério Público do estado.

"Num primeiro momento, [ o MP ] se voltou contra a Telexfree, mas é óbvio que vamos ter de investigar também a atuação da Bbom e demais [ empresas com atuação semelhante ] para verificar se estão praticando o mesmo tipo de pirâmide financeira", afirma Lovisero. "Se configurado no levantamento preliminar, com absoluta convicção será instaurado inquérito civil e até criminal."

Ednaldo Bispo, diretor da BBom, nega que haja irregularidades.

"A gente tem conhecimento sim dessas suspeitas, mas, antes de mais nada, nós não fomos notificados por nenhum Ministério Público."

Os representantes da Telexfree também sempre defenderam a legalidade do modelo de negócios da empresa.  Em resposta a contato da reportagem, a Cidiz informou possuir diversas características que a diferenciam do sistema de pirâmides – dentre eles, o fato de que todo o valor pago à empresa corresponde a produtos.

"A Cidiz repudia qualquer prática criminosa e se coloca a inteira disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos."

Procurados desde o dia 28 de junho, os porta-vozes da Multiclick não foram localizados. A Nnex não retornou os contatos feitos na tarde desta terça-feira (2). Os responsáveis pela Priples não foram localizados.

'Febre de pirâmides'

Nesta segunda-feira (1º), o iG revelou que, em todo o País, ao menos sete empresas estão em investigação por suspeita de serem pirâmides financeiras , de acordo com a Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCON). Amaury Oliva, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, considerou haver uma "febre" desse tipo de fraude no País.?

O DPDC elabora uma nota técnica para auxiliar consumidores e órgãos de defesa a definir o que é pirâmide e o que é marketing multinível (MMN), um modelo de varejo legal em que os vendedores ganham bonificações pelas comercializações de outros vendedores atraídos para o negócio.

Uma diferença fundamental é que, nas pirâmides, o faturamento da empresa vem sobretudo das taxas de adesão pagas por quem entra na rede, e não da venda dos produtos, informa a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).

'Marketing multinível acelerado'

Fundada neste ano, a BBom cobra dos revendedores taxas de adesão que variam de R$ 600 a R$ 3 mil. Mas, segundo Ednaldo Bispo, diretor da empresa, o faturamento depende sobretudo dos produtos e serviços – no mês passado, foi lançado um bactericida.

"O faturamento da BBom vem principalmente dos serviços de rastreamento [ de veículos ] e da venda de equipamento de monitoramento [ de veículos ]. É esse o faturamento que a gente divide com a rede [ de divulgadores ]", diz Bispo. "Se hoje pararem de entrar pessoas no sistema, a BBom continua funcionando."

O diretor afirma haver pouca compreensão sobre o marketing multinível no Brasil, o que leva à confusão entre negócios legítimos e fraudes. 

"Como algumas empresas se apoderam e não adotam o multinível [ corretamente ], nós que praticamos um MMN um pouco acelerado somos colocados nesse meio", diz Bispo.



fonte: jornal jurid.