terça-feira, 9 de abril de 2013


Ministério Público faz operação contra a corrupção em 12 Estados

Ministério Público faz operação contra a corrupção em 12 Estados

Verbas públicas sob investigação, somadas, ultrapassam R$ 1,14 bilhão

 

 

O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Gncoc) do Ministério Público, em parceria com diversos outros órgãos, deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Nacional contra a Corrupção. O objetivo é desmantelar esquemas de corrupção que atuavam em 12 Estados do País: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.


A operação mobiliza um efetivo de 158 promotores de Justiça e 1,3 mil policiais federais, rodoviários, civis, militares, servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais, e visa cumprir 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens, e 20 mandados de afastamento das funções públicas, expedidos pelo Poder Judiciário.
As verbas públicas sob investigação, somadas, ultrapassam R$ 1,14 bilhão, envolvendo desvios em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito de agentes públicos e outros suspeitos, inclusive empresários.


As investigações que resultaram na operação são conduzidas pelos Ministérios Públicos dos Estados do Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo, em parceria com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Militares, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas de Rondônia, Receita Federal, Receitas Estaduais.


Rio de Janeiro

No Rio, pelo menos três pessoas foram presas. Ao todo, foram emitidos seis mandados de prisão para integrantes do tráfico de drogas do morro da Mangueira, suspeitos de atuar na região e de oferecer propina a um policial lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na comunidade. A investigação contou com infiltração de agentes e monitoramento das ligações telefônicas, medidas autorizadas pela Justiça.

Segundo o MP, foram denunciados por oferecerem propina e por associação para o tráfico o gerente das bocas de fumo na Mangueira, Jean Carlos Ramos Tomaz (o Beni), os irmãos Wagner Palomo Ferreira (o Waguinho)e Marcelo Palomo Ferreira, administradores de um bar que atuavam para facilitar o comércio de drogas na região; e Claudio de Oliveira Dias, o Belo. 

O MP também denunciou por associação para o tráfico Alexandro Costa Borges (Sandro Negão), considerado homem de confiança do gerente da boca; e o motoboy Jony Ramos, responsável pelo transporte de drogas na Mangueira. 

A tentativa de corrupção ocorreu no dia 13 de agosto de 2012 quando Wagner ofereceu propina a um policial militar que atua na UPP da Mangueira, dentro de seu bar. O objetivo era evitar o patrulhamento do local e a repressão ao tráfico de drogas na comunidade. A oferta foi comunicada ao comando da UPP, tendo início a operação para identificar os demais criminosos. Os presos serão encaminhados para a 17ª DP (São Cristóvão). 


São Paulo
Em São Paulo, o Ministério Público Estadual e Federal e a Polícia Federal fazem uma operação conjunta para desarticular uma organização criminosa que desvia recursos públicos federais e estaduais por meio de fraudes em licitações. Ao todo, serão cumpridos 13 mandados de prisão e 160 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Jales e pela Justiça Estadual em Fernandópolis. Os contratos suspeitos foram firmados com cerca de 80 prefeituras e superam R$ 1 bilhão. 


Mato Grosso do Sul
Sete mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Fátima do Sul são cumpridos em Mato Grosso do Sul. Seis prisões já foram cumpridas pela equipe do Gaeco/MS e PRF em Cuiabá e Jateí e três em Anastácio e Nioaque. Foram apreendidos documentos comprometedores em Cuiabá e em Anastácio houve também porte ilegal de arma com um dos presos. Os mandados acontecem nas cidades de Anastácio, Aquidauana, Nioaque, Sidrolândia e Jateí, todas em Mato Grosso do Sul, e em Cuiabá, Capital de Mato Grosso.

A operação policial é desfecho de investigação iniciada em outubro de 2012 para apurar as atividades de quadrilha responsável pela emissão fraudulenta de carteiras nacionais de habilitação, bem como de certificados de cursos de transporte de cargas perigosas, transporte de passageiros e coletivos.

Fonte: Jornal do Brasil

 

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